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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira que 40 milhões de pessoas que nunca tinham feito uma transação eletrônica na vida, utilizaram o Pix.
— Pix está se tornando um fenômeno incrível no Brasil. Fiquei sabendo ontem que 40 milhões de pessoas fizeram sua primeira transação no Pix. Eles nunca fizeram nenhuma outra transação eletrônica e por causa do Pix eles começaram a usar — ressaltou.
Em evento do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Campos Neto defendeu que o Pix foi uma forma de inclusão das pessoas no sistema financeiro. Em outras oportunidades, ele citou casos em que pequenos empreendedores criaram uma conta no banco apenas para utilizar o Pix.
— O Pix é muito fácil de usar porque é integrado com sua agenda no celular pelo aplicativo do banco, então é tão fácil quanto adicionar alguém na sua agenda — disse o presidente do BC.
Segundo Campos Neto, o importante é que Pix se mantenha de uso “amigável” para o usuário e o Banco Central precisou ter certeza das diretrizes corretas.
— Você precisa ter certeza que as diretrizes gerais darão um incentivo para que os bancos façam (o uso do Pix) bem amigável para o usuário para que até uma plataforma pequena que está se tornando um banco possa ter a mesma facilidade de usar o Pix como os outros.
Até setembro, o Pix tinha 102,6 milhões de pessoas físicas e 7,1 milhões de empresas cadastradas. O número vem crescendo mês após mês. Em abril, por exemplo, eram 81,9 milhões de pessoas físicas e 5,4 milhões de empresas.
A quantidade de transações também vem subindo. Em abril eram 410,7 milhões. Já em setembro, o número pulou para 871,2 milhões.
Agenda evolutiva
Para os próximos meses, o Banco Central já dispõe de uma agenda com novas funcionalidades para o Pix. Em novembro, o Pix Saque e o Pix Troco começam a funcionar, permitindo o saque em dinheiro em estabelecimentos comerciais, como padarias e supermercados.
Ainda neste ano, entram em operação o Mecanismo Especial de Devolução, que vai possibilitar a devolução de recursos em caso de fraude ou falha operacional e outras medidas para melhorar a segurança para os clientes, visto a alta no número de golpes.
No próximo ano, já estão na agenda de inovação a viabilização de pagamentos por aproximação e offline pelo Pix, além do débito automático.