Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.
Para maiores informações acerca do tratamento de dados pessoais, acesse nossa Política de Privacidade.



Condomínios devem adotar medidas de prevenção ao coronavírus

Fonte: Estado de Minas
26/03/2020
Condomínios

Edifícios e condomínios são locais de grande circulação de pessoas, muitas compartilhando espaços de usufruto comum e equipamentos. Em época de coronavírus, são locais que merecem atenção quanto à prevenção da transmissão da doença. Medidas de precaução que vão desde uso de paramentos adequados pelas equipes de limpeza, postura acertada de funcionários, regras de convívio geral, diminuição de fluxo de moradores em áreas coletivas, até os cuidados na hora de entrar no elevador.

Muito deve ser feito principalmente para proteger as pessoas mais vulneráveis quanto à doença, como maiores de 60 anos, indivíduos com doenças crônicas ou com baixa imunidade, gestantes, lactantes e crianças. Um papel que cabe, primeiro, aos gestores, mas também de responsabilidade de todos. Antes de tudo, vale o bom senso.Continua depois da publicidade

A Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) orienta os síndicos, inclusive, a fechar as áreas de lazer e espaços comuns em condomínios, como salões de festas, brinquedotecas, piscinas e academias, a fim de evitar aglomerações. A entidade também recomenda que os gestores usem os grupos de WhatsApp e outros meios de comunicação interna para divulgar as novas normas emergenciais.

Sobre os porteiros, a instituição aconselha dispensar do trabalho quem estiver no grupo de risco e custear o deslocamento em veículo próprio dos que tiverem condição de trabalhar, evitando, assim, o contágio em ônibus ou metrô. Sugere ainda ajustar o horário de trabalho daqueles que podem comparecer sem oferecer risco à saúde e orientar quanto a procedimentos adequados no recebimento de delivery.

No caso dos colaboradores, empregados da limpeza devem usar equipamentos de proteção individual, como indica o especialista em tecnologia do canal MinhaPortaria.com, Walter Uvo. "Deve-se dar devida atenção à limpeza de maçanetas, corrimãos, halls comuns e elevadores, incluindo equipamentos eletrônicos, como botões de chamadas e teclado de andar, aparelhos biométricos e todo o sistema de acesso. No caso dos elevadores, a orientação é usá-los de forma consciente - a OMS recomendou que as famílias o utilizem sozinhas, evitando pegá-lo quando estiver cheio", ensina.

Cautela

Entre as recomendações de primeira necessidade, a higienização das mãos antes e depois de estar em áreas comuns e elevadores é essencial. Para a limpeza geral, profissionais pedem cautela. O ideal é a contratação de serviço especializado, no qual os profissionais recebem um treinamento com instruções teóricas e práticas sobre atendimento e conhecem as técnicas de higienização de ambientes, salienta o especialista em condomínios da GS Terceirização, Amilton Saraiva.

Diante da possibilidade de sobrevivência do vírus em superfícies durante muito tempo (que no caso de plásticos ou aço, por exemplo, é de até três dias), continua Amilton Saraiva, é fundamental a constante higienização destes materiais e de todas as áreas existentes com desinfetantes em geral: álcool em gel 70%, água sanitária e sabão. Se os ambientes de uso compartilhado permanecerem abertos, é importante oferecer álcool em gel 70%, que pode ser disponibilizado em dispensers colocados em lugares estratégicos, como o acesso principal.

O Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG elaborou um documento com diretrizes sobre o tema. São orientações dirigidas aos proprietários, residentes, síndicos, funcionários e equipes de limpeza, que foram compiladas pelo médico Ulysses de Barros Panisset, professor-adjunto do departamento. As informações são embasadas em recomendações da Secretaria de Saúde de Nova York (EUA), dos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos e da China, da OMS e do Ministério da Saúde.

Para o bem de todos: confira algumas diretrizes do documento elaborado pelo Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG

- É essencial o uso de equipamentos de proteção para o pessoal da limpeza, como luvas

- Não há evidências de que o lixo do edifício necessite de desinfecção adicional. Lavagem das mãos frequentemente, luvas e uso de desinfetante para as mãos à base de álcool pela equipe que manipula o lixo parecem ser suficientes

- Para funcionários com quadro gripal, a administração deve conceder licença com direitos trabalhistas assegurados

- A administração deve disponibilizar desinfetantes para as mãos, à base de álcool, em áreas comuns, como banheiros e entradas de elevadores

- É necessário disponibilizar toalhas de papel e sabão nos banheiros para os funcionários, o tempo todo. Pias para lavagem das mãos devem estar em bom estado de conservação

- O banheiro de uso comum deve ser higienizado após cada uso

- Atenção especial à limpeza de superfícies frequentemente tocadas em áreas comuns: bebedouros, torneiras, maçanetas, interruptores de luz e botões do elevador

- Salões de festa devem ser higienizados, mas o ideal é o fechamento temporário, assim como limitar atividades sociais com grupos de pessoas em áreas externas aos apartamentos

- É importante evitar aglomerações, inclusive nos elevadores. Um uso seguro é pôr no máximo três pessoas ao mesmo tempo

- Nos casos de reforma e de circulação de trabalhadores externos, assegurar que as medidas de higienização sejam cumpridas

- Resultados positivos para a infecção devem ser obrigatoriamente informados ao síndico e aos demais moradores

- Os síndicos devem incentivar os funcionários que se mantenham conscientes e bem informados a fim de cuidar uns dos outros e para o bem comum

Desenvolvido por:

Desenvolvido por: