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Corrigir tabela do IR vai custar até R$ 36 bilhões, diz Guedes

Fonte: Correio Braziliense
06/08/2020
Imposto de Renda

A correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) está nas próximas etapas da reforma tributária que o governo federal pretende enviar ao Congresso Nacional. Porém, pode custar de R$ 22 bilhões a R$ 36 bilhões por ano. Por isso, a equipe econômica vai colocar na mão dos parlamentares o alcance dessa correção.Continua depois da publicidade

O custo da atualização da tabela do IRPF foi apresentado nesta quarta-feira (05/08) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante audiência pública da comissão mista que discute a reforma tributária no Congresso Nacional. "Está no nosso espectro de reforma tributária sim. [...] Estamos fazendo os cálculos de quanto custa cada movimento", afirmou Guedes, ao ser questionado sobre o assunto.

O ministro contou que, segundo os cálculos da equipe econômica, elevar a faixa de isenção do IRPF dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 3 mil, como prometeu o Jair Bolsonaro na campanha eleitoral, custaria R$ 22 bilhões. "Se passarmos o piso de R$ 1,9 mil para R$ 3 mil, um aumento de mais de 50%, custa R$ 22 bilhões. Custa um Fundeb", revelou.

E esse custo poderia chegar a R$ 36 bilhões se a correção alcançasse todas as faixas do Imposto de Renda, segundo Guedes. "Se transmitir isso para todas as faixas, se fizer todas as correções, são R$ 36 bilhões. Já é mais que um Fundeb", disse.

O ministro da Economia garantiu que o governo vai encaminhar todos esses cálculos ao Congresso Nacional nas próximas etapas da reforma tributária. Isso porque considera correto corrigir a tabela do IRPF. A tabela não é atualizada desde 2015 e, por isso, acumula uma defasagem de mais de 100%, segundo os especialistas.

Ele destacou, contudo, que, pelo alto custo dessa medida, talvez não seja possível corrigir toda essa defasagem, porque "alguém tem que pagar por isso". Por isso, avisou que caberá aos parlamentares definir o alcance da correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física. "A classe política tem que decidir isso. Não é o ministro que tem que decidir isso. O congressista é eleito para tomar essa decisão", alegou Guedes.

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