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No momento em que empreendedores têm de se adaptar às restrições impostas pelo combate ao coronavírus, a palavra de ordem é reinvenção. Especialmente os pequenos negócios que se viram diante da necessidade de criar canais para atender os clientes, gerir melhor as finanças, fazer parcerias e manter a marca na lembrança dos consumidores.
— Essa é a hora de reinventar o negócio, de não ter medo da experimentação. O grande resultado dessa crise toda é que todos nós estaremos mais digitais, mais abertos, seja no âmbito pessoal, profissional ou de consumo — afirma Augusto Lins, presidente da Stone, fintech que oferece soluções para lojistas, e que lidera no país o movimento Apoie um Negócio Local e Compre Local.
Desde que foi criada, em 2014, a Stone fez uma opção pelo atendimento às pequenas empresas, por entender que elas pagavam caro e eram mal assistidas nos serviços de pagamento oferecidos até então. Com a crise inesperada, a empresa passou a disponibilizar para os clientes um mix de ferramentas que os ajuda a dar novos rumos para suas empresas.
Uma delas é o vhsys, o lojista pode ao mesmo tempo criar uma loja online e se conectar a marketplaces, se comunicar com os consumidores e planejar as finanças de sua empresa. O
Gerador de Anúncios oferece uma forma ágil e amistosa de divulgação do negócio. Com o mLabs, o empreendedor faz a gestão dos perfis de sua marca nas diferentes redes sociais. Outra novidade foi o sistema em que o lojista envia um link de cobrança diretamente para o cliente, que faz o pagamento com cartão de crédito.
Essas ferramentas dão fôlego aos pequenos empreendedores para atravessar a turbulência, pois são eles os mais prejudicados. Números consolidados pelo Sebrae mostram que as micro e pequenas representam 99% do total de empresas do país. São 6,8 milhões de empreendimentos, além de 8,6 milhões de microempreendedores individuais (MEIs), somando 15,4 milhões de pequenos negócios, justamente os mais afetados pela crise.
É um impacto significativo para um setor que responde por 27% do PIB e 52% dos empregados com carteira assinada do país. Na terceira edição do “Boletim de impactos da COVID-19 nos pequenos negócios”, o Sebrae listou 15 segmentos atingidos mais intensamente, afetando 13 milhões de pequenos negócios. Entre esses segmentos, estão comércio varejista de vestuário e acessórios, cabeleireiros, manicure e pedicure e comércio de produtos alimentícios.
Diante desse cenário, pequenos empreendedores têm se mobilizado para fortalecer seus negócios, e encontram em empresas como a Stone parceiros que ajudam a desenvolver novas ferramentas de vendas, de entrega, de propaganda, de gestão de finanças e de interação entre lojistas e consumidores, entre outras iniciativas.
Para Augusto Lins, esse é também o momento de os empreendedores exercerem a liderança:
— Mais que nunca, é a hora de o líder manter a chama acesa para as pessoas terem esperança e seguirem trabalhando.
Head de Marketing da Stone, Alessandra Giner, que, aos 23 anos, lidera um time de 40 pessoas, destaca a importância do engajamento das equipes:
— O empreendedor não pode se considerar um herói e achar que vai tirar a empresa dele sozinho da crise. Tem que envolver todos os funcionários para terem ideias e buscarem soluções, colocar todo mundo no mesmo barco.
Veja as dicas para reinventar seu estabelecimento:
1. Use as redes sociais para fortalecer a relação com a comunidade local;
2. Procure soluções tecnológicas para melhorar a gestão do negócio e acompanhar as vendas;
3. Aposte na personalização como diferencial: o cliente deve saber que só você oferece determinado produto ou serviço;
4. Procure informações para se atualizar a todo instante e melhorar seu negócio diariamente;
5. Exerça a liderança e chame para si a responsabilidade: mantenha o time engajado, dê diretrizes, seja transparente;
6. Reinvente seu modelo de negócio. Não tenha medo da experimentação e saiba que as novas formas de negócio continuarão depois da crise;
7. Desenvolva canais de venda digitais. Quem tinha apenas loja física vai ter que passar a vender e atender on-line, na crise e depois dela;
8. Seja solidário. No momento de tantas dúvidas, descubra os benefícios de fazer o bem;
9. Administre o caixa de sua empresa. Veja se pode cobrar alguma coisa de quem está devendo, verifique as despesas que pode cortar, dialogue com fornecedores, renegocie o aluguel com o proprietário, se estiver com as portas fechadas;
10. Institua uma sala de controle e realize reuniões virtuais a cada dois dias. Troque ideias com o time, busque soluções para os clientes. Dê à equipe tarefas de curto prazo.