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O governo federal está comprometido em fazer o crédito chegar às micro e pequenas empresas e que adotará novas medidas se os programas já anunciados não surtirem efeito, reforçou nesta segunda-feira (8) o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.
"O crédito tem que chegar nas micro e pequenas empresas, estamos muito atentos a isso. Estamos trabalhando inclusive no plano B, no plano C", afirmou Sachsida em webinar do Comitê Brasileiro da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil).
O secretário afirmou que a perda da qualidade das garantias que podem ser apresentadas pelas empresas é uma das dificuldades e que, diante das incertezas, ele considera natural que os bancos restrinjam algumas operações.
Sachsida também pontuou que o governo está gastando mais de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nas medidas para a crise. "O Brasil tem restrições fiscais claras. Não podemos sair gastando, porque depois a conta vem", afirmou.
O secretário afirmou que, no Brasil, as medidas de emergência para população carente chegaram antes do estresse no sistema de saúde. Ao tratar especificamente o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), Sachsida afirmou que ele está sendo reformulado em parceria com o Congresso, para destravar o crédito.
Recuperação
Sachsida destacou as diferenças do Brasil e dos Estados Unidos no que diz respeito à recuperação da atividade no pós-crise. "Uma empresa quebra nos EUA, no dia seguinte ela abre", disse o secretário. "Aqui no Brasil, quando a empresa quebra, são cinco anos para reabrir. O microempresário nem entra em recuperação judicial, ele fica ilegal."
De acordo com Sachsida, em função desta característica, é preciso manter a base produtiva no país. Deste modo, a recuperação pós-pandemia será mais rápida. "As empresas não estão demitindo mais no Brasil por conta do sucesso dos programas e porque o custo de demissão é muito alto", acrescentou.
Sachsida disse ainda que, com a crise atual, é preferível perder "algum dinheiro" para manter a base produtiva. "Abril foi o fundo do poço. Maio será melhor que abril", afirmou. No entanto, segundo o secretário, muitas empresas já "queimaram suas reservas" e, por isso, os próximos meses também serão desafiadores.