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A concessão do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve alta de 26% no ano passado, em relação ao registrado em 2019. Segundo dados do Ministério da Economia, foram 576,6 mil afastamentos em 2020. Entre os principais motivos, está o acometimento de trabalhadores por transtornos mentais e comportamentais como a depressão e a ansiedade. Outras razões são a ocorrência de acidentes ocupacionais como DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), a exemplo de lesões musculares.
Segundo especialistas, entre os principias motivos para este crescimento estão a pandemia da Covid-19 e a migração para o home office. “O crescimento da concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez devido a transtornos é um efeito da pandemia, tendo em vista que muitas pessoas que tiveram de ficar em casa sem ocupar a mente, e consequentemente, não cuidaram de sua saúde mental e acabaram desenvolvendo doenças de cunho psicológico”, afirma Ruslan Stuchi, advogado trabalhista e sócio do escritório Stuchi Advogados.
Karla Guimarães da Rocha Louro, advogada trabalhista do escritório Baraldi Mélega Advogados, aponta que a pandemia trouxe como necessidade imediata dos trabalhadores e das empresas a habilidade de readaptação do ambiente de trabalho. Contudo, muitos empregados haviam tido pouco ou nenhum contato com a modalidade remota até o início da crise sanitária.
A mudança ainda se inseriu em um cenário de instabilidade emocional da população. Fatores sem relação direta com o trabalho, como a sobrecarga de tarefas familiares e domésticas, também podem ter influenciado a ocorrência de transtornos mentais. “A percepção da demanda excessiva se mostrou comum e preocupante após o início da pandemia, pois além da insegurança natural do momento, as principais áreas da vida do indivíduo estiveram em evidência com o acréscimo de necessidades e de tarefas e confluíram para a redução do bem-estar mental”, analisa a especialista.