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O Paraná superou o Rio Grande do Sul e, pela primeira vez, assumiu o posto de terceira unidade da federação com o maior número de empresas ativas. É o que revela a pesquisa “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o qual aponta que, em 2017, haviam 411.669 empresas ativas no Estado, contra 406.470 dos gaúchos. Em todo o país, apenas São Paulo (1.464.544) e Minas Gerais (526.543) apresentam números mais expressivos.
Em 2017, havia no Brasil inteiro 4.881.337 empresas ativas, segundo o IBGE. Desde o início da série histórica, em 2007, o avanço no país foi de 16,10%. Mas no último ano estudado registrou-se uma redução de 0,39% - em 2016, haviam 4.900.243 empresas ativas.
O Paraná, por sua vez, viu nesse período de 11 anos o número de empresas ativas saltar 26,51%, passando de 325.409 para 411.669. No comparativo entre 2016 e 2017, o crescimento foi de 0,19%: 59.831 empresas foram criadas no último ano, enquanto outras 59.032 tiveram de fechar as portas.
A taxa de sobrevivência no estado, inclusive, é uma das maiores no país: 85,5%, atrás apenas de Rio Grande do Sul (87,4%), Santa Catarina (87,2%) e Minas Gerais (86,2%). Já, Amazonas (78,5%), Maranhão (80,1%), Pará (80,5%) e Amapá (81,1%) registraram as menores taxas, que no país inteiro foi de 84,8% em 2017 - o que representa 3,8 milhões de empresas.
Para se ter noção do quão expressivo foi o crescimento paranaense, o Rio Grande do Sul, nesses mesmos 11 anos, viu o número de empresas ativas crescer apenas 1,21%, sendo que entre 2016 e 2017 a variação foi negativa em 1,64%. Já Minas Gerais, segundo estado com mais empresas ativas no país, registrou crescimento de 13,92% ao longo da série histórica, passando de 462.222 empresas ativas em 2007 para 526.921 em 2017.
Crise fechou 144 mil postos de trabalho no Estado
Apesar do crescimento acima da média nacional, o Paraná também foi fortemente impactado pela crise econômica e política que assolou o país nos últimos anos. Com relação ao número de empresas, por exemplo, o recorde no estado fora registrado em 2013, com 420.210 – 8.541 a mais do que o número de empresas verificado em 2017. No Brasil, o recorde da série histórica foi também verificado neste ano (5.187.532), mas desde então o número de empresas ativas tem caído gradativamente.
Já com relação ao pessoal ocupado (ou seja, o número de trabalhadores assalariados), o recorde no Paraná foi registrado em 2014, quandoi haviam 2.360.752 pessoas trabalhando nas empresas ativas pelo estado. Hoje, já são 2.216.433, o que significa que 144.319 postos de trabalho foram fechados desde então. No Brasil como um todo, a queda foi ainda mais expressiva: há cinco anos, eram 35.220.894 trabalhadores assalariados.
Comércio e mercado imobiliário são os destaques
Considerando-se a série histórica (2007-2017), o ramo de atividades imobiliárias foi o que mais cresceu no Paraná em termos porcentuais, com alta de 253,09% - em 2007 haviam 2.268 empresas atuando nesse segmento e, em 2017, já eram 8.008. Em seguida aparece o ramo da construção, que registrou crescimento de 159,71% no período, passando de 8.943 empresas ativas para 23.226.
Já se pegarmos o volume, a quantidade de empresas ativas num segmento em relação ao total de empresas no estado, o principal destaque do estado é o comércio, que no estudo aparece junto dos negócios de reparação de veículos automotores e motocicletas.
Em todo o Paraná existem 176.355 empresas atuando nesse ramo, o equivalente a 42,84% do total de empresas ativas. O ramo de transporte, armazenagem e correio aparece na segunda colocação, com 7,01% - 28.865 empresas.