Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho,
analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao
utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.
Para maiores informações acerca do tratamento de dados pessoais,
acesse nossa Política de Privacidade.
Em janeiro de 2017 começa a vigorar o Bloco K, uma ferramenta nova de fiscalização do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e que pretende integrar os controles internos da empresa referentes à contabilidade, finanças, departamento fiscal e setores operacionais, como compras, vendas, produção e logística. Todas as indústrias do Brasil fora do Simples Nacional e do MEI precisarão entregar o Bloco K ao Fisco, conforme calendário.
Uma enquete feita pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP) com empresários de contabilidade em todo o Estado revelou insatisfação com a nova exigência. Para a maioria (32%) dos entrevistados, o Bloco K resultará em mais burocracia e custos para as empresas. Outros 31% advertem que a crise tem sido um grande entrave para as adequações, visto que a obrigação fiscal exige a aquisição de software de gestão empresarial integrado e treinamento específico de pessoal.
Márcio Massao Shimomoto, presidente do Sescon-SP, explica que a maior dificuldade tem sido a mudança de cultura nas empresas. “É preciso ajustar o negócio a uma nova realidade, integrando controle contábil e gestão de estoque de produtos e insumos. A partir do próximo ano, toda movimentação precisará ser registrada e muitas empresas não estão preparadas para isso, nem fisicamente, financeiramente ou culturalmente”, avalia.
Ainda de acordo com a enquete, é provável que uma parcela considerável das empresas (23%) deixe para a última hora as mudanças necessárias para atender às normas do Bloco K. Apenas 14% das organizações enquadradas na primeira etapa de implantação estão preparadas.
Pelo cronograma, as indústrias com faturamento acima de R$ 300 milhões por ano devem entregar o Bloco K preenchido a partir de janeiro de 2017. Atacados em qualquer faixa de faturamento e indústrias com receita bruta até R$ 78 milhões terão até janeiro de 2018 para se adequar. E, a partir de janeiro de 2019, as demais empresas industriais também terão de entregar a obrigação ao fisco mensalmente.