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Apesar de impacto, maior parte da indústria não demitiu

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
01/06/2020
Coronavírus

Mais de 70% das empresas da indústria brasileira foram impactadas significativamente pela pandemia do coronavírus. A maioria recorreu à redução de custos operacionais, a programas do governo federal e à renegociação com fornecedores para diminuir as perdas. Mas a maior parte delas (66%) não demitiu nenhum funcionário no período.

Os dados são de uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1.017 empresas do setor. Foram entrevistados donos de negócios de pequeno, médio e grande portes de todos os estados entre os dias 15 e 25 de maio.

Além das reações, a pesquisa mostra as expectativas dos empresários para a recuperação da economia. A maioria (79%) prevê retração nos próximos seis meses. Para os próximos dois anos, 44% esperam expansão em alguma medida.

Impactos

A maioria das empresas consultadas (51%) considera ter sido muito afetada pela crise. 23% foram afetadas e 10%, mais ou menos afetadas. As demais se consideram pouco (10%), muito pouco (3%) ou nada afetadas (3%).

Entre as empresas que registraram queda do faturamento nos 45 dias anteriores à pesquisa (82%), a maior parte (49%) enfrentou uma redução de mais de 50%. Os principais desafios decorrentes da queda foram arcar com impostos/tributos e com salários/encargos sociais.

Mesmo assim, 66% dos negócios afirmam não ter demitido no período. Entre eles, 75% pretendem manter a postura e 22% têm planos de fazer algum desligamento. Entre quem já quem demitiu, 48% pretedem fazer mais demissões e 48%, não.

As empresas que não suspenderam contratos de trabalho (78%) nem reduziram jornada e salário dos funcionários (61%) também são maioria em comparação às que recorreram às medidas.

As medidas apontadas como mais eficazes para a redução de despesas foram adiamento ou parcelamento do pagamento de tributos e impostos (64%) e redução de custos de financiamento para PMEs, extensão de termos de empréstimo ou redução parcial da dívida (41%).

Mudanças de rotina

A pesquisa também mapeou as medidas de prevenção tomadas pelas empresas diante da pandemia. O esforço adicional de limpeza e higiene do ambiente de trabalho foi a ação mais adotada (94%), seguida da divulgação de campanhas de saúde e prevenção (81%) e da liberação de funcionários que estão no grupo de risco da covid-19 (73%). 

Chama atenção, porém, a parcela de empresas que não pretendem manter medidas adotadas. Entre quem liberou os funcionários do grupo de risco, por exemplo, cerca de 22% dizem que não pretendem manter a postura. Outros 15% não adotaram nem pretendem adotá-la.

Quando as medidas de isolamento e fechamento do comércio deixarem de existir, 34% das empresas esperam manter uma rotina igual à de antes. 29% esperam uma rotina bastante parecida, enquanto 26% preveem uma rotina diferente. 8% esperam algo totalmente diferente e 3% não souberam responder.

Independentemente de expectativas, 74% pretendem manter medidas de segurança, como reforço na limpeza e uso de equipamentos de proteção, por tempo indeterminado. Já 20% têm planos de mantê-las por um determinado período.

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