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A confiança do comércio no Brasil caiu em setembro e atingiu o menor nível em cerca de um ano diante das incertezas em relação à economia, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (26).
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,2 ponto e chegou a 88,7 pontos em setembro, atingindo o menor valor desde agosto de 2017 (84,4 pontos).
"A nova queda da confiança do Comércio em setembro parece refletir a incerteza em relação ao ritmo esperado para a economia nos últimos meses do ano", explicou em nota o coordenador da FGV/IBRE, Rodolpho Tobler.
O levantamento de setembro mostrou que a confiança do comércio ocorreu em nove dos 13 segmentos pesquisados.
A FGV informou que o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 2,4 pontos, para 92,2 pontos, influenciado principalmente pela piora do indicador da tendência dos negócios nos seis meses seguintes.
Já o Índice da Situação Atual (ISA-COM) permaneceu estável em 85,7 pontos, após quatro quedas seguidas
"O Índice de Expectativas voltou a cair depois de esboçar uma melhora no mês anterior, sugerindo que os empresários ainda estão preocupados e incertos com o rumo da economia", completou Tobler.
O momento agora no país é de incertezas e preocupações com o cenário eleitoral, em um ambiente de economia ainda em ritmo fraco de crescimento e desemprego em dois dígitos que freia os gastos dos consumidores.
Nesta semana, a FGV informou que seu índice de confiança do consumidor brasileiro diminuiu em setembro pelo segundo mês seguido também devido a piora das expectativas para os próximos meses em meio à frustração com a recuperação lenta do mercado de trabalho.
As projeções para o crescimento da economia brasileira em 2018 vem sendo revisadas para baixo. Para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,36% para 1,35%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Essa foi a quinta queda seguida do indicador, que no início do ano estava próximo de 3%.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%.