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O volume de crédito voltou a crescer no primeiro semestre de 2018, inclusive, para os pequenos negócios. Entretanto, o patamar atual ainda está muito distante dos números registrados em 2015, o melhor momento do crédito para as pequenas empresas, registrado nos últimos anos. Essa é a análise feita pelo “Panorama do Crédito para Pequenos Negócios”. O documento, elaborado pelo Sebrae a partir de dados do Banco Central, foi apresentado na quarta-feira (5), durante seminário que aconteceu na sede da instituição, em Brasília.
A diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, explicou que o documento, a partir de agora, terá uma maior periodicidade e trará informações detalhadas sobre os pequenos negócios, com dados segmentados por estado. “O levantamento, realizado junto com o Banco Central, vai nos mostrar o cenário dos pequenos negócios, que hoje representa quase a totalidade das empresas no país e que geram mais de 50% dos empregos”, afirmou a diretora.
Ela ressaltou que o Sebrae tem desenvolvido um conjunto de ações para ampliar o acesso a crédito e melhorar as condições dessas operações. “Temos o Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), um forte instrumento de acesso ao crédito, o estímulo às sociedades de garantia de crédito – as SGC, e apoiamos as cooperativas financeiras, que também ajudam a democratizar o crédito, facilitando o acesso pelos pequenos negócios”, observou. Heloisa Menezes destacou ainda que, atualmente, há outros mecanismos, como as fintechs, que estão voltando sua atenção para o segmento de pequeno porte.
Conforme o relatório, o crédito para empresas sugere uma tímida retomada no segundo trimestre, mas continua abaixo do pico observado no final de 2014. A avaliação é de que houve uma queda de 30% no crédito total e de 40%, quando consideradas apenas as micro e pequenas empresas. Por causa dessa situação, os pequenos negócios acabam pagando, nas operações de crédito, juros de aproximadamente 22 pontos percentuais acima da taxa média para o conjunto das empresas. Já a diferença, quando consideramos as microempresas, é cerca de 30 pontos percentuais. Por outro lado, as grandes corporações chegam a pagar até 12 pontos percentuais abaixo da taxa média total.
Juros e inadimplência
O “Panorama de Crédito para Pequenos Negócios” avaliou que os juros continuam a cair, mas muito lentamente. Hoje, as pequenas empresas estão pagando mais de 42% ao ano, apenas dois pontos percentuais menos do que em 2017. As taxas médias de juros, em queda nos últimos 12 meses para os créditos direcionados, foi de 9,2% ao ano; 2,3 pontos percentuais menor, enquanto que a do crédito livre ficou em 20,6% ao ano, que significa menos 4,7 pontos percentuais. “Havia a expectativa da queda de juros, mas isso não se deu na velocidade que imaginávamos”, avalia o gerente de Finanças do Sebrae, Alexandre Comin.
Outro dado analisado pelo estudo do Sebrae, os índices de inadimplência em operações de crédito dos pequenos negócios vêm apresentando queda desde o início de 2017. Nas micro e pequenas empresas, a inadimplência caiu de 10,9% para 7,9%, um patamar ainda considerado alto pelos padrões anteriores à crise. A queda vem acontecendo também nas médias e grandes corporações.