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Os brasileiros aumentaram a disposição em adquirir algo na Black Friday deste ano, que acontecerá em 25 de novembro. A fatia dos consumidores que tem a intenção de comprar em uma das datas mais movimentadas do varejo no país é de 50,1%, o dobro do grupo dos que consumiram no evento do ano passado, de 25,7%.
Os dados são de um estudo da plataforma Reclame Aqui, que entrevistou 15 mil usuários do site nos dias 13 e 14 de outubro. Os itens com maior intenção de compra são eletrodomésticos e eletroportáteis (14%) e eletrônicos (9,8%). A maioria (65%) planeja consumir em lojas on-line.
Entre os que pretendem adquirir produtos na Black Friday, a maior fatia (43,5%) afirma que tem a intenção de comprar porque costuma pesquisar e achar produtos com bom preço e a segunda maior (18,1%) diz que guardou dinheiro. Entre outras causas que levarão ao consumo, estão comprar presentes de Natal (16,9%), já ter mapeado o que adquirir (13,2%) e colocar o 13º salário em compras (8,3%).
A parcela de pessoas que costuma pesquisar e achar produtos com bom preço ainda precisa ser conquistada pelas lojas, afirma Edu Neves, presidente do Reclame Aqui. "Esses caçadores de descontos estão atrás de cupons, parcelamentos e promoções imperdíveis", diz.
"Os brasileiros já sabem que a Black Friday do Brasil não é a mesma que a dos Estados Unidos e não deve ter preços incríveis, mas esperam outros atributos que os façam comprar", acrescenta.
Ao serem perguntados sobre o que vai ser decisivo para adquirir algo na data, a maioria (66,9%) afirma que é o preço e 12,1% dizem que é a reputação das empresas. Ainda foram citados as condições de pagamento (7,3%), a avaliação dos itens (6%), o custo do frete (5,8%) e o atendimento das lojas (2%).
A desconfiança com o evento continua. Ao serem questionados sobre como definem a Black Friday, perto da metade (46,1%) dos entrevistados afirma que é uma "Black Fraude". Além disso, 27,2% dizem que não existe Black Friday e 12,9%, que piorou bastante nos últimos anos. Apenas 7,7% afirmam que é uma boa data pra comprar e 6%, que melhorou muito nos últimos anos.
Entre os que afirmaram que não planejam comprar, mais da metade (56,6%) afirma que é porque na data não há descontos de verdade. Outros 15,6% dizem que é porque o orçamento apertou, 13,5%, que está tudo muito caro e não vale a pena, e 5,4%, que aproveitam promoções ao longo do ano todo.