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Paraná tem 90% das famílias com algum tipo de dívida

Fonte: Fecomércio-PR
08/02/2019
Vendas

Os consumidores das classes A e B são os mais endividados no Paraná. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 96,5% das famílias com renda superior a dez salários mínimos possuem algum tipo de dívida. Entre as classes C, D e E esse percentual é de 88,6%.

A média estadual de endividamento ficou em 90% no mês de janeiro, mantendo o Estado do topo do ranking do endividamento. O percentual de famílias brasileiras que apresentam algum tipo de dívida registrou 60,1%.

Por outro lado, a condição de solvência dos paranaenses é positiva. Os endividados com contas em atraso representam 27,8% e os não terão condições de pagar as dívidas correspondem a 11,2%. Nestes aspectos, o Paraná ocupa a 10ª posição na lista nacional.

O nível de endividamento teve melhora em janeiro. A parcela de paranaenses que se considera muito endividada baixou de 31,7% em dezembro para 29% no mês passado.

O hábito de parcelar compras no cartão de crédito é o que tem deixado tantos consumidores permanentemente endividados. Essa modalidade de pagamento concentra as dívidas de 71,7% dos consumidores paranaenses, especialmente entre aqueles com renda superior a dez salários mínimos (75,2%).

O financiamento de veículos e o financiamento imobiliário correspondem a 9,8% e 9,1% das contas a pagar, respectivamente. Verifica-se um aumento desses dois tipos de dívidas no início de ano. A compra de um carro era a causa de 9% das dívidas em dezembro passado e subiu para 9,8% em janeiro. Já a prestação da casa própria passou de 8% no fim de 2018 para 9,1% em janeiro, principalmente entre as famílias de maior renda, com 12,1%.

Inadimplência

Entre os endividados, 27,8% estão com dívidas atrasadas. O tempo médio desse atraso é de 63,6 dias. As compras de Natal e os gastos característicos do início do ano, tais como IPTU, IPVA e material escolar, agravam a inadimplência. O atraso no pagamento superior a 90 dias passou de 46,3% (dentre as famílias com contas atrasadas) em dezembro para 49,3% em janeiro.

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